As questões relacionadas com a utilização dos recursos naturais são cada vez mais relevantes na nossa sociedade dado que estes recursos tendem a ser considerados um bem comum, por outro lado a sua escassez impõem a necessidade de uma utilização cada vez mais eficiente.
No caso da água e da energia a sua utilização tem-se tornado cada vez mais intensa, o que tem contribuído para o aumento dos seus custos, introduzindo maior pressão sobre os sectores cuja atividade depende em grande medida da sua utilização, como é o caso do regadio entre outras.
A área de regadio tem aumentado de forma particularmente significativa ao longo da última década, estimando-se atualmente que existem cerca de 580.000 ha de regadio com um consumo anual 3.390 hm3 (Plano Nacional da Água, 2016). Todavia nos próximos anos prosseguirá o aumento da área regada devido ao alargamento do projecto de Alqueva e assistir-se-á a um aumento do consumo de água, quer por via do aumento da área de rega, quer por via do aumento das necessidades das culturas já instaladas no terreno.
A relação água-energia, e os problemas e desafios que ela encerra impõem a necessidade premente de os enfrentar com sucesso, sobretudo atendendo às características climatológicas do nosso país.
As alterações climáticas têm também uma influência determinante quer na disponibilidade de água quer no custo da energia, como aliás ficou evidente no recente período de seca severa e prolongada que etsmaos a atravessar em quase todo o território nacional.
De acordo com o IPCC “Climate Change 2013”, projeção para 2070, estima-se uma redução de 16% de disponibilidade de água face ao consumo estimado, prevê-se o aumento da temperatura e consequentemente da evapotranspiração.
Embora o regadio seja o maior consumidor, as questões relacionadas com a água-energia pressionam também, sectores como o abastecimento e tratamento de águas, a indústria, o turismo, etc. Segundo o Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR, 2018) em Portugal, no ano de 2017, utilizaram-se 1.203 hm3 para abastecimento.
É hoje absolutamente incontornável que a eficiência hídrica é um tema estratégico nas organizações pela sua influência e importância económica e ambiental, tornado a melhoria da eficiência hídrica crucial num contexto em que o défice hídrico é cada vez mais acentuado, em função do aumento do consumo e da redução da disponibilidade de água.
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